Consumismo
No Brasil
Consumismo é
o ato de comprar produtos e/ou serviços sem necessidade e consciência. É
compulsivo, descontrolado e que se deixa influenciar pelo marketing das
empresas que comercializam tais produtos e serviços. É também uma
característica do capitalismo e da sociedade moderna rotulada como “a sociedade
de consumo”. O consumismo tem origens emocionais, sociais,
financeiras e psicológicas que juntas levam as pessoas a gastarem o que podem e
o que não podem com a necessidade de suprir a indiferença social, a falta de
recursos financeiros, a baixa autoestima, a perturbação emocional e outros. O consumo domiciliar no Brasil deve registrar crescimento
nominal (sem descontar a inflação) de 13,5% em 2012, atingindo a casa de R$ 1,3
trilhão, segundo projeção do Pyxis Consumo, ferramenta de potencial de mercado
do Ibope Inteligência. O resultado supera os números de 2011, quando o índice
foi de 10,5%.
De
acordo com Antônio Carlos Ruótulo, diretor de geonegócios do Ibope
Inteligência, os fatores que sustentarão este desempenho são o crescimento do
número de domicílios, o crescimento real da renda, principalmente na base da
pirâmide, e o baixo índice de desemprego.
A
projeção do Pyxis Consumo é feita com base em diversas fontes (como Pesquisa de
Orçamentos Familiares - POF e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –
PNAD, ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, dados de
empresas, análises setoriais e pesquisas) e abrange 51 grupos de produtos de 21
setores.
As
classes A e B responderão por 54,3% do consumo, sendo 16,2% da A e 38,1% da B,
mesmo representando apenas 27% da população. No entanto, separadamente, a
classe C é que responderá pela maior parte do consumo (38,7%).
“A
classe C não tem consumo sofisticado ainda. Temos é mais pessoas consumindo o
básico. O perfil de consumo continua o mesmo. A nova tendência a se observar
nos próximos anos é a mudança da C para a B, porque haverá uma mudança radical
de comportamento”, destaca Ruótolo.
Ainda
segundo os dados, a região Norte terá a maior expansão, com 26,5%, seguida de
perto pelo Nordeste, com 24,1%. Na sequencia aparecem Sul (19,7%), Centro-Oeste
(19,4%) e Sudeste (6,5%). Os resultados apontam uma tendência de a participação
de cada região no consumo estar mais próxima do percentual da população que
representa.
“O
consumo e a população estão mais equilibrados. O Centro-Oeste, por exemplo,
está ficando mais parecido com o Sudeste. Está com muito vigor econômico”,
destaca Ruótolo. Centro-Oeste, Sudeste e Sul têm percentual de consumo maior do
que o percentual de população, com índices de 9,1% e 7,4%; 53,5% e 42%; e 16,4%
e 14,3%, respectivamente. Com 8,4% da população, o Norte representa 5,2% do
consumo. Já o Nordeste tem 27,8% da população e 15,7% do consumo.
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