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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

GRUPO: Antonio Jr , Augusto Victor, Bianca Lohana, Yasmim Ferreira, Rodolfo Nascimento

3º ano II - Epitácio  

Favelização
O crescimento e proliferação das favelas em quantidade e em população, eventualmente associado à transferência da população local de moradias legalizadas para conjuntos urbanos irregulares, dá-se o nome de favelização. Cabe notar, no entanto, que a definição de "favelização" depende da própria definição do fenômeno conhecido como favela: se este for considerado apenas como uma área urbana desenvolvida a partir de invasão de terrenos particulares, o termo "favelização" passaria a indicar um aumento da irregularidade na propriedade do solo urbano, mas não indica necessariamente a qualidade de tais moradias.
Se, no entanto, o termo "favela" for entendido como qualquer tecido urbano que, independente de sua condição fundiária, apresenta condições precárias de qualidade de vida, a favelização corresponderia, portanto, a uma diminuição generalizada da qualidade de vida urbana.A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água. Em todo o mundo mais de 1 bilhão de pessoas vivem em favelas e áreas invadidas.
Apesar de todos os envolvimentos negativos associados ao desenvolvimento urbano informal, as autoridades toleraram os processos: sendo negligentes, aproveitando-os politicamente, realizando ações ambíguas ou promovendo diretamente as ocupações. No entanto, há uma falta de conhecimento em relação com os direitos que no tempo se geram pela própria tolerância, e de informação com respeito aos altos custos, absolutos e relativos, dos programas de melhoramento.
Paralelamente, a tolerância frente à ocupação informal se acompanha de uma crescente convicção tanto das autoridades como da opinião pública, de que os assentamentos consolidados devem melhorar-se através da introdução de infra-estrutura, provisão de serviços urbanos básicos como a coleta de lixo, e de equipamento. Um estudo recente, desenvolvido pela Aliança de Cidades no Brasil, demonstrou que a decisão de regularizar um assentamento irregular se toma, com freqüência, mais rápido do que a decisão de aprovar um assentamento regular (seis meses, comparada com dois ou três anos).



Informalidade Desmedida

Sempre existe a curiosidade de quanto é a participação da economia informal no PIB (produto Interno Bruto) do Brasil. Nesta quarta-feira (22 de agosto de 2012) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), divulgaram um estudo elaborado objetivando exatamente medir quanto do que o Brasil produz não é contabilizado no PIB porque está na economia informal. De acordo com esse estudo, a economia informal do País atingiu em 2011 um valor estimado em R$ 695,7 bilhões, correspondente a 16,8% do PIB brasileiro.
A melhora da escolaridade dos brasileiros levou à queda na informalidade do trabalho entre 2002 e 2009, aliada ao bom momento econômico da década passada e a políticas públicas de geração de emprego e renda. A taxa de informalidade que chegou a 43,6% em 2002 caiu para 37,4% em 2009, uma diminuição de 6,2 pontos percentuais, segundo o trabalho da FGV, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
A falta de formalização nas relações de trabalho, que se traduz principalmente pela ausência de registro em carteira, é inversamente proporcional ao grau de escolaridade: quanto mais anos de estudo, maior a formalização. Segundo a pesquisa, houve queda na informalidade em todas as camadas educacionais.
Com até três anos de estudo, 62,8% dos trabalhadores eram informais em 2002, passando para 59,1% em 2009. Entre os que têm ensino médio completo e superior incompleto, com 11 a 14 anos de estudo, a taxa de informalidade era 28,7% em 2002 e caiu para 24,7% em 2009. Já os detentores de diploma universitário, com mais de 15 anos de estudo, registravam 26,1% de informalidade em 2002, número que diminuiu para 23,4% em 2009.
Esse é um tipo de geração de riqueza que pouco ajuda a sociedade brasileira em termos de geração de impostos e conseqüentemente elevação de recursos públicos para o atendimento das demandas da sociedade. Combater os fatores que levam à formalidade é um dos deveres do Estado, fazendo com que o nível das atividades que estão fora da formalidade chegue a patamares condizentes com a média do que é praticado nos países mais desenvolvidos do mundo.

sábado, 29 de setembro de 2012

Trabalho de Geografia ...


VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO

O trânsito em nosso dia-a-dia, tem se tornado um estresse, tanto para os condutores quanto para os pedestres, os condutores estão sempre apressados, assim desrespeitando as leis de trânsito, sendo agressivos um com os outros, fatos que podemos acompanhar, em jornais, revistas e etc. O que acaba dificultando até mesmo o trabalho dos agentes de trânsito, que por sua vez também se estressa e acaba fazendo o seu trabalho incorretamente.
As pessoas já não conseguem viver em harmonia no trânsito, os números de acidentes têm aumentado, por diversos fatores um deles é a agressividade, principalmente em cidades grandes, os condutores costumam dirigir bêbados o que os torna ainda mais violentos com os pedestres e outros condutores. Já temos leis que proíbem os condutores de dirigir embriagados, só que sabemos que essa lei só existe no papel, os números de morte diminuíram pouco. Violência no trânsito já se pode dizer que é constante, pois os condutores não tem respeito por sua vida, sendo assim não esta nem um pouco interessado de preservar a vida do outro. Os motoqueiros também fazem parte desse quadro de desrespeito, pois se aproveitam de qualquer espaço pequeno, fazendo ultrapassagens não permitidas, e isso acaba deixando os motoristas de outros tipos de transporte, com uma reação violenta.
É inegável que os acidentes de trânsito constituem um grave problema nos diversos países do mundo. Para se ter uma dimensão da questão, a Organização Mundial da Saúde -OMS, indicou a ocorrência de 1,2 milhão de mortes por acidente de trânsito no mundo. Aparentemente, pode parecer somente estatística, mas constitui a principal causa de mortes entre os homens na faixa etária entre os 15 e 44 anos. Para esse grupo é mais provável morrer de acidente de trânsito do que de câncer, AIDS, problemas cardíacos ou de outras formas de violência como o homicídio.
Em nosso país não é diferente, estima-se a quantia de 35 mil vítimas fatais por ano, sabendo que devido ao sub-registro os valores reais certamente são superiores.
Existe divergência entre os especialistas a respeito das principais causas dos acidentes de trânsito, no entanto há um certo consenso no sentido de que o uso de álcool e a velocidade excessiva são fatores mais importantes.
O fenômeno da violência no trânsito tem que ser visto na sua complexidade, não avançaremos em nosso propósito de preveni-lo, se não incluirmos, como objeto de atenção, todos envolvidos na situação.
Não há como indicar receitas, mas precisamos colocar o tema em foco, realizar debates nos diversos espaços sociais, visando gerar sensibilização sobre a questão. No momento em que a sociedade civil se organizar para cobrar, sem sombra de dúvida, exercerá um importante papel de fomentar o correto funcionamento da rede de justiça.

Violência no trânsito da Paraíba
Acidentes matam 7,1 mil pessoas em 10 anos na PB. 
Um número pouco superior a esse (7.114) foi à quantidade de pessoas mortas na Paraíba de 2000 a 2010 em virtude de acidentes de trânsito. O dado faz parte do Mapa da Violência 2012, do Instituto Sangari. 
Segundo o levantamento, em 2010, foram 838 mortes deste tipo no Estado. Os acidentes que envolveram motocicletas foram responsáveis por 51,67% dos óbitos, ou seja, foram 433 mortes deste tipo, seguidos pelos acidentes de automóvel que resultaram em 142 mortes. Já os pedestres totalizam 199 mortes, outros óbitos envolveram casos de ciclistas, transportes de carga, ônibus e outros tipos de mortes no trânsito.
O crescimento observado no estudo mostra que desde o ano 2000 até o ano de 2010 houve um crescimento de 111,6% no número de óbitos em acidentes de trânsito na Paraíba. Com taxa de 22,2 mortes de trânsito para cada 100 mil habitantes, no ano de 2010, a Paraíba ocupa a 15ª colocação nacional em número de óbitos, enquanto no ano 2000 a taxa verificada no Estado era de 11,5 mortes no trânsito, com o Estado na 24ª posição nacional.
Na taxa de crescimento da violência no trânsito, a Paraíba perde apenas para os Estados do Maranhão (190%) e Piauí (131,6%).
No ranking das capitais, João Pessoa desponta na 10ª colocação em número de mortes provocadas por acidentes de trânsito, com taxa de 31,2 mortes. No ano 2000, a capital paraibana aparecia no 17º lugar, com taxa de 26,1.
Grande parte dos acidentes que ocorreram na Região Metropolitana de João Pessoa foi registrada em rodovias federais. Ao longo da BR-230 é possível avistar sinalizações que alertam para o alto índice de acidentes em determinados trechos.
As comunidades localizadas às margens da rodovia favorecem casos de atropelamento. Já a falta de atenção dos condutores e excesso de velocidade são responsáveis por engavetamentos e outros tipos de colisão, ocorrências frequentes no quilômetro (km) 26, da BR-230.

Grupo: Doralice Oliveira, Dullen Helen , Ikaro Cezar , Kyssia Fernandes , Marielly Beckman, Risalva Vieira 


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Geografia - Esio 3 ano B Grupo:Sylvia Regina,Pamella Guedes,Welliny Vitoria,Ione Marinho,Ana Caroline,Bruna Lovazzano e Eduarda Neves

Poluição atmosférica: um problema de saúde pública?

         A poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas no ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias (siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de aquecimento doméstico. O ar poluído penetra nos pulmões, ocasionando o aparecimento de várias doenças, em especial do aparelho respiratório, como a bronquite crônica, a asma e até o câncer pulmonar.
        Outra importante conseqüência da poluição atmosférica é o surgimento e a expansão de um buraco na camada de ozônio, que se localiza na atmosfera – camada atmosférica situada entre 20 e 80 km de altitude. O ozônio é um gás que filtra os raios ultravioletas do Sol. Se esses raios chegassem à superfície terrestre com mais intensidade provocariam queimaduras na pele, que poderiam até causar câncer, e destruiriam as folhas das árvores.
        Na realidade, é nos grandes centros urbanos que o espaço construído pelo homem, a segunda natureza, alcança seu grau máximo. Quase tudo é artificial; e, quando é algo natural, sempre acaba apresentando variações ou modificações provocadas pela ação humana. O próprio clima das metrópoles – o chamado clima urbano – constitui um exemplo disso. Nas grandes aglomerações urbanas normalmente faz mais calor e chove um pouco mais que nas áreas rurais vizinhas; além disso, nessas áreas são também mais comuns as enchentes após algumas chuvas. As elevações nos índices térmicos do ar são fáceis de entender: o asfaltamento das ruas e avenidas, as imensas massas de concreto, a carência de áreas verdes, a presença de grandes quantidades de gás carbônico na atmosfera (que provoca o efeito estufa), o grande consumo de energia devido à queima de gasolina, óleo diesel querosene, carvão, etc., nas fábricas, residências e veículos são responsáveis pelo aumento de temperatura do ar. Já o aumento dos índices de pluviosidade se deve principalmente à grande quantidade de micropartículas (poeira, fuligem) no ar, que desempenham um papel de núcleos higroscópicos que facilitam a condensação do vapor de água da atmosfera. E as enchentes decorrem da dificuldade da água das chuvas de se infiltrar no subsolo, pois há muito asfalto e obras, o que compacta o solo e aumenta sua impermeabilização.
         Todos esses fatores que provocam um aumento das médias térmicas nas metrópoles somados aos edifícios que barram ou dificultam a penetração dos ventos e à canalização das águas – fato que diminui o resfriamento provocado pela evaporação – conduzem à formação de uma ilha de calor nos grandes centros urbanos. De fato, uma grande cidade funciona quase como uma “ilha” térmica em relação às suas vizinhanças, onde as temperaturas são normalmente menores. Essa “ilha de calor” atinge o seu pico, o seu grau máximo, no centro da cidade.
A grande concentração de poluentes na atmosfera provoca também uma diminuição da irradiação solar que chega até a superfície. Esse fato, juntamente com a fraca intensidade dos ventos em certos períodos, dá origem às inversões térmicas. O fenômeno da inversão térmica – comum, por exemplo, em São Paulo, sobretudo no inverno – consiste no seguinte: o ar situado próximo à superfície, que em condições normais é mais quente que o ar situado bem acima da superfície, torna-se mais frio que o das camadas atmosféricas elevadas. Como o ar frio é mais pesado que o ar quente, ele impede que o ar quente, localizado acima dele, desça. Assim, não se formam correntes de ar ascendentes na atmosfera. Os resíduos poluidores vão então se concentrando próximo da superfície, agravando os efeitos da poluição, tal como irritação nos olhos, nariz e garganta dos moradores desse local. As inversões térmicas são também provocadas pela penetração de uma frente fria, que sempre vem por baixo da frente quente. A frente pode ficar algum tempo estagnada no local, num equilíbrio momentâneo que pode durar horas ou até dias.
Segundo do professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Laboratório de Poluição da USP, Paulo Saldiva, Todos os anos 3,5 mil pessoas morrem na cidade de São Paulo (SP) devido à má qualidade do ar. Entre 5% e 10% das mortes consideradas por “causas naturais” na Grande São Paulo são resultados de danos causados pela poluição atmosférica à saúde da população. Até 2040, cerca de 25 mil mortes estarão relacionadas à poluição do ar da região metropolitana de São Paulo. Para os pesquisadores a frota automotiva é a verdadeira vilã do problema de poluição do ar.
A poluição atmosférica causa efeitos à saúde como problemas oftálmicos, doenças dermatológicas, problemas gastrointestinais, problemas cardiovasculares, doenças pulmonares, alguns tipos de câncer, efeitos sobre o sistema nervoso e algumas doenças infecciosas. O nível de poluição atmosférica é determinado pela quantificação das substâncias poluentes presentes no ar. O grupo de poluentes considerados como indicadores mais abrangentes da qualidade do ar é composto por monóxido de carbono, dióxido de enxofre, material particulado e ozônio, mais o dióxido de nitrogênio. A razão da escolha desses parâmetros como indicadores de qualidade do ar está ligada a sua maior frequência de ocorrência e aos efeitos adversos que causa ao meio ambiente.
De acordo com os estudos sobre a poluição do ar na capital paulista e o impacto sobre a saúde da população, nos dias de maior poluição, quem mora em São Paulo tem um quadro clínico de inflamação pulmonar (um fechamento pequeno das artérias que podem levar ao aumento da pressão arterial – hipertensão). A maior parte das pessoas atingidas por este quadro não sente nada, mas durante décadas isso levará a um efeito maior com a redução da expectativa de vida. Na capital paulista, de acordo com o professor, há uma redução em média de um ano e meio na expectativa de vida. Outro dado preocupante é o número de mortes por doenças agravadas pela poluição. Saldiva afirma que em São Paulo morrem nove pessoas por dia, vítimas da poluição, o que representa entre 5% a 10% do número de óbitos da capital paulista.
Os estudos desenvolvidos no laboratório indicam que os grandes problemas em São Paulo e nos grandes centros urbanos do mundo são o ozônio e o material particulado, sendo que, respectivamente, 80% e 40% dos precursores desses dois poluentes derivam da frota de veículos a diesel. A Organização Mundial de Saúde preconiza como limite para a qualidade do ar 20 microgramas por m³ de material inalável, sendo que São Paulo apresenta o dobro – 40 microgramas por m³. “São Paulo é pior que Los Angeles e até Nova Iorque é mais limpa”, compara o professor. Mas, segundo ele, São Paulo não é a capital com a pior qualidade do ar: no Rio de Janeiro o índice é de 60 microgramas por m³.
Conforme avaliações da Cetesb, considera-se poluente qualquer substância presente no ar e que, pela sua concentração, possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, causando inconveniente ao bem estar público, danos aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade. O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de substâncias poluentes presentes no ar. A variedade das substâncias que podem ser encontradas na atmosfera é muito grande, o que torna difícil a tarefa de estabelecer uma classificação. As substâncias poluentes podem ser classificadas conforme quadro abaixo:
Compostos
de Enxofre
Compostos
de Nitrogênio
Compostos
Orgânicos
Monóxido
de Carbono
Compostos Halogenados Material
Particulado
Ozônio
 
SO2
SO3
Compostos de Enxofre Reduzido:
(H2S, Mercaptanas, Dissulfeto de carbono,etc.)
sulfatos
NO
NO2
NH3
HNO3
nitratos
hidrocarbonetos, álcoois,
aldeídos,
cetonas,
ácidos orgânicos
CO HCI
HF
cloretos,
fluoretos
mistura
de compostos
no estado
sólido
ou
líquido
O3
formaldeído
acroleína
PAN,
etc.
















quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Professor - Ésio, 3°ano II, GRUPO: Kellyane Rodrigues e Roberta Henriques

Crime e Desemprego



Nestes tempos difíceis onde taxas de desemprego e índices de
criminalidade apresentam tendências de crescimento, parece razoável
supor que os dois fenômenos estejam intimamente relacionados. Não é
preciso fazer nenhuma pesquisa sofisticada para perceber que uma
taxa elevada e constante de desemprego que se mantenha durante
muito tempo tenderá a levar para o mundo do crime pessoas –
principalmente jovens – que de outro modo estariam participando do
mercado de trabalho.

Pesquisa feita em 1991 pelo instituto Datafolha com 645 presos da
Casa de Detenção da Capital revelou que, no momento do crime, 27 %
dos criminosos não estava trabalhando. Com os jovens infratores
investigados em 1996 pelo Movimento Nacional de Meninos e Meninas
de Rua observou-se algo semelhante: 53% não trabalhava e 44%
trabalhavam informalmente na ocasião da infração. O primeiro ponto
que nos chama a atenção sobre estes dados é de que a maior parte
dos infratores adultos e boa parte dos jovens estava trabalhando no
momento do crime. Estar trabalhando é assim um elemento inibidor
mas não constitui nenhuma garantia contra o cometimento do crime.
Num país como o Brasil onde os salários são freqüentemente aviltantes
e a qualidade do trabalho precária (trabalho informal, subemprego,
ausência de garantias trabalhistas, etc.), o universo dos criminosos se
confunde parcialmente com o universo dos trabalhadores. Enquanto no
passado a maior parte das novas vagas abertas estavam no mercado
formal, atualmente, não só ocorreu uma diminuição de vagas como
uma deterioração qualitativa: a maior parte das novas vagas localiza-se
hoje no setor informal da economia. Este tipo de trabalhador informal,
em especial, faz parte do que a elite denominaria por "classes
perigosas", porque do "bico" para o mundo do crime é um passo não
muito longo a ser dado, diversamente do que ocorre com o trabalhador
do setor formal da economia - onde a estabilidade e qualificação inibem
o envolvimento com a ilegalidade.