Série: 2 ano I
Poema: Benditas Cadeias!
Quando vou pela Luz arrebatado,
Escravo dos mais puros sentimentos
Levo secretos estremecimentos
Como quem entra em mágico Noivado.
Cerca-me o mundo mais transfigurado
Nesses sutis e cândidos momentos...
Meus olhos, minha boca vão sedentos
De luz, todo o meu ser iluminado.
Fico feliz por me sentir escravo
De um Encanto maior entre os Encantos,
Livre, na culpa, do mais leve travo.
De ver minh'alma com tais sonhos, tantos,
E que por fim me purifico e lavo
Na água do mais consolador dos prantos
Escravo dos mais puros sentimentos
Levo secretos estremecimentos
Como quem entra em mágico Noivado.
Cerca-me o mundo mais transfigurado
Nesses sutis e cândidos momentos...
Meus olhos, minha boca vão sedentos
De luz, todo o meu ser iluminado.
Fico feliz por me sentir escravo
De um Encanto maior entre os Encantos,
Livre, na culpa, do mais leve travo.
De ver minh'alma com tais sonhos, tantos,
E que por fim me purifico e lavo
Na água do mais consolador dos prantos
São versos hendecassílabos (onze sílabas métricas), dispostos interpoladamente, nos dois primeiros parágrafos que são quartetos e nos dois últimos parágrafos que são tercetos, sendo assim, soneto com rimas ricas e tonicidade grave. A poesia fala sobre um escravo que se sente “feliz por ser escravo”, porque se sente culpado de estar onde está e não pode fazer nada, então ele chora para purificar e lavar porque não pode realizar seus sonhos.
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