Colégio QI
João Pessoa, 06 de Junho de 2012
Alunas: Flávia Monteiro, Manoela Carolina, Rafaela Resende, Rayanne Azevêdo e Rebeca Barros
Série: 3° Ano Médio – I
Professor: Herriot
Disciplina: Literatura
José Américo de Almeida
O paraibano José Américo de Almeida nasceu no Engenho Olho d`Água, município de Areia, a 10 de janeiro de 1887. Filho de Inácio Augusto de Almeida e de Josefa Leopoldina Leal de Almeida iniciou seus estudos no engenho onde nasceu, com a professora Júlia Verônica dos Santos Leal.
Após a morte de seu pai, aos nove anos, foi entregue aos cuidados do tio padre, Odilon Benvindo, que tentou iniciá-lo na carreira eclesiástica, internando-o no Seminário de João Pessoa. Sem vocação, no entanto, deixou o Seminário e ingressou no Liceu Paraibano e depois, em 1903, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1908.
Após a formatura, retornou à Paraíba e foi nomeado para o cargo de promotor público na comarca de Sousa. Ocupou importantes cargos públicos nas esferas estadual e nacional. Foi procurador geral, consultor jurídico, secretário estadual das pastas do Interior e Justiça e Segurança Pública, ministro da Viação e Obras Públicas, ministro do Tribunal de Contas da União - TCU e embaixador do Brasil junto à Santa Sé. Exerceu ainda mandatos de deputado federal, governador da Paraíba e senador.
Em 1937, foi lançado como candidato à Presidência da República, porém, em novembro deste mesmo ano, Getúlio Vargas fechou o Congresso Nacional e cancelou as eleições presidenciais, dando início ao Estado Novo (1937-1945).
Em fevereiro de 1945, com uma entrevista ao matutino carioca "Correio da Manhã", José Américo contribuiu decisivamente para pôr fim à ditadura implantada por Getúlio Vargas, em 10 de novembro de 1937.
Afastado dos cargos públicos, dedicou-se à produção dos livros de memórias, onde colocou, para posteridade, a visão de um homem de ação e de grande sensibilidade. E, em plena maturidade revelou-se poeta.
Destacou-se na Literatura Brasileira como autor do livro A bagaceira (1928), obra-prima do romance regionalista moderno, hoje com trinta e duas edições em língua portuguesa, edição crítica e versões em espanhol, francês, inglês e esperanto. Sua obra, com dezessete títulos, abriga ainda oratória, ensaios e crônicas.
Em 1967, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, na Cadeira 38, cujo patrono é Tobias Barreto, sucedendo ao professor Maurício Medeiros.
Em 1976, foi homenageado pela União Brasileira de Escritores, com título de O Intelectual do Ano, recebendo o troféu Juca Pato.
Após sua morte, em 10 de março de 1980, a casa, onde passara os últimos vinte e dois anos de sua existência, foi transformada em Fundação, para dar continuidade ao seu trabalho e à divulgação do seu nome nos diversos quadrantes do país como intelectual, participante das Academias Paraibana e Brasileira de Letras e pelas grandes iniciativas, entre elas a criação da Universidade da Paraíba, em 1956, que depois passaria a ser UFPB, após sua federalização.
Obras literárias
- A Maldição da Fábrica