Escudos cristalinos brasileiros
O escudo cristalino Brasileiro é uma das formações mais antigas do continente, originada no Período Arqueano, da era Arqueozóica, a aproximadamente dois bilhões de anos, quando os continentes ainda estavam unidos em um supercontinente chamado Pangea, com a Deriva Continental este supercontinente se dividiu em fragmentos e originou os continentes atuais.
Embora a movimentação das placas seja muito lenta, da ordem de poucos centímetros ao ano, as colisões das placas deram origem a dobras e falhas, formando cadeias de montanhas, como a Cordilheira dos Andes e o Himalaia.
Admite-se que tanto a Serra da Mantiqueira, quanto a Serra do Mar tenham se formado por dobramentos do escudo cristalino brasileiro, e posteriormente ocorreram falhamentos (no período terciário da Era Cenozóica, aproximadamente 70 milhões de anos atrás), elevando o terreno local, estas elevações recentes são denunciadas pelo estado de erosão pouco acentuado dos rios de suas encostas.
Este fenômeno ocorreu na mesma época em que se formava a oeste do continente a Cordilheira dos Andes, através da ação das forças tectônicas, produzindo os chamados dobramentos modernos.
As rochas mais encontradas na região da serra da Mantiqueira são as rochas graníticas, migmatitos e metamórficas e que são indicadores da antiguidade desta formação geológica.
As rochas graníticas são a base de sustentação do relevo encontrada nos mais elevados picos e cristas seja de destacadas serras e morros testemunhos mais ou menos isolados.
Já as rochas metamórficas são rochas mais antigas que se encontravam acima das rochas graníticas, estas rochas foram desgastadas pela ação do intemperismo deixando aflorar os granitos, que são rochas mais resistentes, fragmentos de rochas metamórficas são encontrados na base das serras.
A Serra do Lopo e da Forja fazem parte do complexo da Serra da Mantiqueira sendo sua litologia a mesma.
O Brasil é um país de relevo modesto: seus picos mais altos elevam-se a cotas da ordem dos três mil metros. Em grandes números, o relevo brasileiro se reparte em menos de quarenta por cento de planícies e pouco mais de sessenta por cento de planaltos. A altitude média é de 500m. As elevações agrupam-se em dois sistemas principais: o sistema Brasileiro e o sistema Parima ou Guiano. Ambos são constituídos de velhos "ESCUDOS CRISTALINOS", de rochas pré-cambrianas -- granito, gnaisse, micaxisto, quartzito -- fortemente dobrados e falhados pelas orogenias laurenciana e huroniana. O sistema Parima ou Guiano fica ao norte da bacia amazônica e sua linha divisória serve de fronteira entre o Brasil, de um lado, e a Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa de outro. A superfície aplainada do alto rio Branco (vales do Tacutu e do Rupununi) divide o sistema em dois maciços: o Oriental, com as serras de Tumucumaque e Acaraí, mais baixo, com altitudes quase sempre inferiores a 600m; e o Ocidental, mais elevado, que recebe denominações como serra de Pacaraima, Parima, Urucuzeiro, Tapirapecó e Imeri, onde se encontram os pontos culminantes do relevo brasileiro: o pico da Neblina, com 3.014m, e o Trinta e Um de Março, com 2.992m. Mais para oeste, no alto rio Negro, ocorrem apenas bossas graníticas isoladas (cerro Caparro, pedra de Cucaí), com menos de 500m, que emergem do peneplano coberto de florestas. O sistema Brasileiro ocupa área muito maior que o Parima. Está subdividido em províncias fisiográficas ou geomórficas. O maciço Atlântico abrange as serras cristalinas que ficam a leste das escarpas sedimentares do planalto Meridional, e tomam as denominações gerais de serra do Mar e serra da Mantiqueira. A primeira acompanha a costa brasileira desde o baixo Paraíba, perto do município de Campos dos Goitacases RJ até o sul de Santa Catarina; a serra da Mantiqueira fica um pouco mais para o interior, e estende-se de São Paulo até à Bahia. A serra do Mar mostra um conjunto de cristas paralelas entre o litoral sul do estado do Rio de Janeiro e o médio Paraíba: Gávea, Pão de Açúcar, Corcovado, Tijuca, Pedra Branca, Jericinó-Marapicu, garganta Viúva da Graça, até o alinhamento principal da serra, que descamba suavemente para o leito do Paraíba. Longitudinalmente, mostra o bloco levantado da serra dos Órgãos, ao norte da baía de Guanabara, com culminâncias na pedra do Sino (2.245m) e na pedra Açu (2.232m) entre Petrópolis e Teresópolis, pendente para o interior.
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