sexta-feira, 18 de maio de 2012

Geografia - Lins


A tecnologia e suas consequências no trabalho


Hoje, com a nova tecnologia os trabalhadores da produção são obrigados a produzir mais. Quanto mais planejamento um trabalhador é capaz de realizar e quanto mais responsabilidade puder assumir pelo que faz, maior será a produtividade. As máquinas novas estão trazendo um aumento de produtividade incrível. Só que em compensação o número de empregos oferecidos diminuiu. Entre o perfil desejado pelas organizações estão os talentos com alto potencial de desenvolvimento. É preciso ter conhecimentos, habilidades e atitudes. Ter só um potencial não basta.
Essas exigências do futuro estão ligadas à revolução do conhecimento. Através dela o ambiente de trabalho mudou e está tornando-se, cada vez mais, fruto da produtividade. Agora se utiliza pouca mão-de-obra, pois a tecnologia exige poucos empregos. Eles são poucos, mas não é para qualquer pessoa trabalhar. Os trabalhadores que não conseguem seus empregos acabam ficando frustrados.
O grande desafio no ambiente de trabalho, hoje, é ampliar a qualidade de vida. Pois, finalmente algumas empresas estão começando a aprender que devem investir nas pessoas. Não se deve esquecer também que é o ambiente organizacional que determina se as pessoas querem ou não continuar na empresa.
O avanço do conhecimento e da tecnologia não foi acompanhado pelo avanço da qualidade de vida. O conforto das pessoas melhorou, mas diminuíram as relações familiares, o afeto/carinho, o amor e o grau de felicidade. O ser humano está ficando mais informado, informatizado, educado, tecnológico, culto, globalizado, estressado e neurótico.
Com a revolução do conhecimento houve um choque e cresceram as doenças psicológicas como o medo, a ansiedade, a angústia, a falta de paciência e a depressão. Temos, então, um ser humano frágil, precisando de ajuda psicológica. Para poder sobreviver hoje o homem deve ter uma conduta sadia num ambiente louco, aprender a usar a inteligência emocional ao tomar decisões, pensar grande e ter um projeto de vida, fazer o que gosta para gostar do que faz e ter atitude.
A nova tecnologia é boa por um lado por diminuir as tarefas do homem, mas por outro lado exige mais dele. Para operar uma máquina são necessárias habilidades como: atenção, coordenação, bom reflexo e boa visão. Sem falar o tanto que se precisa ficar atento aos movimentos da máquina para saber a hora certa de colocar o produto. Muitas vezes, isso acaba ocasionando um desgaste mental também. Com as máquinas o homem se vê obrigado a produzir mais peças em tempo menor que o habitual. As empresas acabam esquecendo o lado mental do funcionário que precisa ser cuidado e não investe nos recursos humanos.
Para Connellan (1984) a maior parte dos problemas da organização está no desempenho humano e na maior atenção e os recursos são dados as máquinas. Hoje há empresas que já adotaram como forma de trabalho o método da revisão de serviços de uma máquina. Drucker (1981) diz que o homem é diferente das máquinas por não se adaptar bem à execução de uma única tarefa, faltando força e energia. Vê o homem como uma máquina mal projetada se sobressaindo apenas na coordenação. Faz, portanto, uma crítica ao homem dizendo que ele não está preparado para executar uma máquina. Penso que o homem não está preparado, muitas vezes, para executar o serviço de uma máquina pelo fato de não ter habilidades e conhecimentos suficientes para a função e pela organização não ter lhe preparado o suficiente para os avanços da tecnologia.
Connellan (1984) diz que os materiais para solucionar o desempenho humano são muitos, mas faltam informações aos gerentes de como analisá-los. Quando há problemas de desempenho temos que analisá-los e buscar soluções, mas antes é preciso elaborar respostas para cada pergunta.
Ainda para o mesmo autor os membros das organizações deixam de mostrar sua eficácia máxima por não conhecerem o resultado esperado deles. Não possuindo noção da meta a ser alcançada, da finalidade de seu trabalho ou se estão atingindo a meta com eficácia. Todas as organizações precisam tomar consciência da importância de se adotar um sistema de avaliação de desempenho dos funcionários para solucionar parte de seus problemas.

Connellan (1984) ressalta, ainda, que a produtividade não é uma questão mecânica, mas uma questão de pessoas, envolvendo a psicologia do comportamento humano. Para haver produtividade as pessoas precisam estar bem. O estado das máquinas, ferramentas e materiais influenciam o desempenho das pessoas no trabalho. Quando não estão bem conservadas pode causar desânimo no profissional. Afinal, se os equipamentos não estão bons e vivem quebrando não há como alcançar a qualidade e a produtividade do produto. Com materiais nesse estado não há como os funcionários mostrarem a qualidade de seu trabalho. O mesmo ocorre quando a empresa não investe em tecnologia. Num ambiente organizado, limpo, arejado e iluminado se produz e trabalha melhor. É preciso investir na qualidade de vida dos funcionários.

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