A
tecnologia e suas consequências no trabalho
Hoje, com a nova tecnologia os
trabalhadores da produção são obrigados a produzir mais. Quanto mais
planejamento um trabalhador é capaz de realizar e quanto mais responsabilidade
puder assumir pelo que faz, maior será a produtividade. As máquinas novas estão
trazendo um aumento de produtividade incrível. Só que em compensação o número
de empregos oferecidos diminuiu. Entre o perfil desejado pelas organizações
estão os talentos com alto potencial de desenvolvimento. É preciso ter
conhecimentos, habilidades e atitudes. Ter só um potencial não basta.
Essas exigências do futuro estão
ligadas à revolução do conhecimento. Através dela o ambiente de trabalho mudou
e está tornando-se, cada vez mais, fruto da produtividade. Agora se utiliza
pouca mão-de-obra, pois a tecnologia exige poucos empregos. Eles são poucos,
mas não é para qualquer pessoa trabalhar. Os trabalhadores que não conseguem
seus empregos acabam ficando frustrados.
O grande desafio no ambiente de
trabalho, hoje, é ampliar a qualidade de vida. Pois, finalmente algumas
empresas estão começando a aprender que devem investir nas pessoas. Não se deve
esquecer também que é o ambiente organizacional que determina se as pessoas
querem ou não continuar na empresa.
O
avanço do conhecimento e da tecnologia não foi acompanhado pelo avanço da
qualidade de vida. O conforto das pessoas melhorou, mas diminuíram as relações
familiares, o afeto/carinho, o amor e o grau de felicidade. O ser humano está
ficando mais informado, informatizado, educado, tecnológico, culto,
globalizado, estressado e neurótico.
Com a revolução do conhecimento
houve um choque e cresceram as doenças psicológicas como o medo, a ansiedade, a
angústia, a falta de paciência e a depressão. Temos, então, um ser humano
frágil, precisando de ajuda psicológica. Para poder sobreviver hoje o homem
deve ter uma conduta sadia num ambiente louco, aprender a usar a inteligência
emocional ao tomar decisões, pensar grande e ter um projeto de vida, fazer o
que gosta para gostar do que faz e ter atitude.
A nova tecnologia é boa por um
lado por diminuir as tarefas do homem, mas por outro lado exige mais dele. Para
operar uma máquina são necessárias habilidades como: atenção, coordenação, bom
reflexo e boa visão. Sem falar o tanto que se precisa ficar atento aos
movimentos da máquina para saber a hora certa de colocar o produto. Muitas
vezes, isso acaba ocasionando um desgaste mental também. Com as máquinas o
homem se vê obrigado a produzir mais peças em tempo menor que o habitual. As
empresas acabam esquecendo o lado mental do funcionário que precisa ser cuidado
e não investe nos recursos humanos.
Para
Connellan (1984) a maior parte dos problemas da organização está no desempenho
humano e na maior atenção e os recursos são dados as máquinas. Hoje há empresas
que já adotaram como forma de trabalho o método da revisão de serviços de uma
máquina. Drucker (1981) diz que o homem é diferente das máquinas por não se
adaptar bem à execução de uma única tarefa, faltando força e energia. Vê o
homem como uma máquina mal projetada se sobressaindo apenas na coordenação.
Faz, portanto, uma crítica ao homem dizendo que ele não está preparado para
executar uma máquina. Penso que o homem não está preparado, muitas vezes, para
executar o serviço de uma máquina pelo fato de não ter habilidades e
conhecimentos suficientes para a função e pela organização não ter lhe
preparado o suficiente para os avanços da tecnologia.
Connellan (1984) diz que os
materiais para solucionar o desempenho humano são muitos, mas faltam
informações aos gerentes de como analisá-los. Quando há problemas de desempenho
temos que analisá-los e buscar soluções, mas antes é preciso elaborar respostas
para cada pergunta.
Ainda
para o mesmo autor os membros das organizações deixam de mostrar sua eficácia
máxima por não conhecerem o resultado esperado deles. Não possuindo noção da
meta a ser alcançada, da finalidade de seu trabalho ou se estão atingindo a
meta com eficácia. Todas as organizações precisam tomar consciência da importância
de se adotar um sistema de avaliação de desempenho dos funcionários para
solucionar parte de seus problemas.
Connellan (1984) ressalta, ainda,
que a produtividade não é uma questão mecânica, mas uma questão de pessoas,
envolvendo a psicologia do comportamento humano. Para haver produtividade as
pessoas precisam estar bem. O estado das máquinas, ferramentas e materiais
influenciam o desempenho das pessoas no trabalho. Quando não estão bem
conservadas pode causar desânimo no profissional. Afinal, se os equipamentos
não estão bons e vivem quebrando não há como alcançar a qualidade e a
produtividade do produto. Com materiais nesse estado não há como os
funcionários mostrarem a qualidade de seu trabalho. O mesmo ocorre quando a
empresa não investe em tecnologia. Num ambiente organizado, limpo, arejado e
iluminado se produz e trabalha melhor. É preciso investir na qualidade de vida
dos funcionários.
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