O Teu Amor Não Quero...
O teu amor não quero, mas teu corpo,
teu corpo com um pouco de ternura —
teu corpo como um vinho bom num copo,
degustado em compasso de aventura.
O teu amor não quero, mas teu corpo,
teu corpo com um pouco de ternura —
teu corpo como um vinho bom num copo,
degustado em compasso de aventura.
Teu corpo como viagem, não futura,
mas como viagem sendo sem escopo —
na beleza que nutre uma loucura
que deseja saber qual é seu topo.
Sim, não o teu amor, só a mucosa
arrepiada e toda generosa,
aquosa de libido e de prazer.
O amor é um ressentido, minha Rosa,
precisa, mas tem medo de fazer,
preferindo viver o seu não ser. (Laerte Antonio)
Comentário:
Neste soneto de Laerte Antonio fala um pouco do amor como uma forma de expressão da alma que se reflete nas varia formas de ser e de sentir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário