Nem sempre o homem pensou que o átomo é como o
conheces actualmente. Foi uma ideia que evoluiu ao longo dos anos.
Apesar do primeiro modelo atómico ter sido apresentado já no séc. XIX, a
ideia de que a matéria é feita de pequeníssimos corpúsculos surgiu há
muito, muito tempo.
No século V a.C., o filósofo grego Leucipo e seu
discípulo Demócrito imaginaram a matéria como sendo constituída por
pequenas partículas indivisíveis - os átomos, como lhes chamaram.
Concluiram que a matéria não poderia ser infinitamente divisível. Se a
partíssemos variadas vezes, chegaríamos a uma partícula muito pequena,
indivisível e impenetrável a que se denominou átomo.
Esta é uma palavra de origem grega que deriva de "a + thomos" , que significa "sem divisão".
Esta ideia de que os átomos seriam pequenas partículas indivisíveis perdurou durante mais de vinte séculos !
Modelo atómico de Dalton
John Dalton, no séc. XIX (a partir de 1803),
retomou a ideia dos átomos como constituintes básicos da matéria. Para
ele os átomos seriam partículas pequenas, indivisíveis e indestrutíveis.
Cada elemento químico seria constituído por um tipo de átomos iguais
entre si. Quando combinados, os átomos dos vários elementos formariam
compostos novos.
Assim, na sequência dos seus trabalhos, concluiu que:
Os átomos que pertencem a elementos químicos
diferentes, apresentam massas diferentes, assim como propriedades
químicas diferentes.
Os compostos são associações de átomos de elementos químicos diferentes.
As reacções químicas podem ser explicadas com base no rearranjo dos átomos, de acordo com a lei de Lavoisier.
Em 1897, Thomson descobriu partículas negativas muito
mais pequenas que os átomos, os eletrões, provando assim que os átomos
não eram indivisíveis.
Formulou a teoria de que os átomos seriam uma esfera com carga eléctrica
positiva onde estariam dispersos os eletrões suficientes para que a
carga total do átomo fosse nula.
Modelo atómico de Rutherford
Mais tarde Rutherford demonstrou que a maior parte do
átomo era espaço vazio, estando a carga positiva localizada no núcleo
(ponto central do átomo), tendo este a maior parte da massa do átomo. Os
eletrões estariam a girar em torno do núcleo.
Rutherford também descobriu a existência dos protões, as partículas com carga positiva que se encontram no núcleo.
Este Modelo não explicava porque é
que os electrões não caem no núcleo, devido à atração que apresentam
pelas cargas positivas aí existentes.
Bohr apresentou alterações ao modelo de Rutherford:
os eletrões só podem ocupar níveis de energia bem definidos, e os
eletrões giram em torno do núcleo em órbitas com energias diferentes. As
órbitas interiores apresentam energia mais baixa e à medida que se
encontram mais afastadas do núcleo o valor da sua energia é maior.
Quando um eletrão recebe energia suficiente passa a ocupar uma órbita
mais externa (com maior energia) ficando o átomo num estado excitado. Se
um eletrão passar de uma órbita para uma outra mais interior liberta
energia.
Os eletrões tendem a ter a menor energia possível - estado fundamental do átomo.
Modelo da núvem electrónica
No núcleo (centro) do átomo estão os protões e os neutrões, enquanto que os eletrões giram em seu redor. Na figura ao lado está representada a nuvemelectrónica de um átomo. Esta nuvem representa a probabilidade de encontrar os eletrões num determinado local do espaço.
Os eletrões de um átomo ocupam determinados níveis de
energia (o número de eletrões em cada nível de energia é expresso pela
distribuição electrónica).
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