quinta-feira, 5 de abril de 2012

Trabalho de Lins- GRUPO


Morte e violência no campo

     A violência no campo vem aumentando a cada ano, em quanto a reforma agrária não for feita vai ser assim. Pra falar da “Morte e violência no campo” vou citar dois massacres que aconteceram no ano de 1995.

     Os massacres de Corumbiara e Eldorado dos Carajás foram manchete de jornais do mundo todo, causando constrangimento ao país.

     Em 14 de julho de 1995, cerca de 600 famílias ocuparam a fazenda Santa Eliana, no município de Corumbiara, Rondônia. A justiça expediu liminar de manutenção de posse em favor do fazendeiro e encaminhou ofício ao comando da polícia militar exigindo a retirada dos posseiros. Em 9 de agosto, a liminar foi cumprida, resultando em um dos maiores massacres do país: foram mortos dez trabalhadores rurais e a menina Vanessa, de apenas 7 anos. As mortes, segundo os legistas, foram feitas de forma sumária, com tiros na cabeça. A Comissão Internacional de Direitos Humanos da Organização dos Estados Unidos (OEA) processou o governo brasileiro por esse massacre.

     Já em setembro de 1995, em torno de 2 mil famílias acamparam na beira da rodovia PA-275, em Curionópolis, Pará, visando à fazenda Macaxeira, de 42.448 hectares, que já havia sido considerada improdutiva pelo Incra. Após cinco meses sem resposta do governo, as famílias ocuparam a fazenda.

Em seu artigo no livro “A história da luta pela terra e o MST”, Bernado Mançano Fernandes relata os acontecimentos do dia 17 de abril de 1996. Os camponeses bloquearam a rodovia de acesso a Eldorado dos Carajás como forma de reindivicação. Houve confronto e a polícia militar disparou suas metralhadoras. Segundo os laudos, houve execuções: 13 trabalhadores receberam tiros depois de rendidos. O saldo foi de 19 mortos, 69 feridos e pelo menos 7 desaparecidos.

     Os movimentos sócias rurais de todo o mundo consideram essa data o dia internacional de luta pela terra.

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