Morte e violência no campo
A violência no campo vem aumentando a cada
ano, em quanto a reforma agrária não for feita vai ser assim. Pra falar da
“Morte e violência no campo” vou citar dois massacres que aconteceram no ano de
1995.
Os massacres de Corumbiara e Eldorado dos
Carajás foram manchete de jornais do mundo todo, causando constrangimento ao
país.
Em 14 de julho de 1995, cerca de 600
famílias ocuparam a fazenda Santa Eliana, no município de Corumbiara, Rondônia.
A justiça expediu liminar de manutenção de posse em favor do fazendeiro e
encaminhou ofício ao comando da polícia militar exigindo a retirada dos
posseiros. Em 9 de agosto, a liminar foi cumprida, resultando em um dos maiores
massacres do país: foram mortos dez trabalhadores rurais e a menina Vanessa, de
apenas 7 anos. As mortes, segundo os legistas, foram feitas de forma sumária,
com tiros na cabeça. A Comissão Internacional de Direitos Humanos da
Organização dos Estados Unidos (OEA) processou o governo brasileiro por esse
massacre.
Já em setembro de 1995, em torno de 2 mil
famílias acamparam na beira da rodovia PA-275, em Curionópolis, Pará, visando à
fazenda Macaxeira, de 42.448 hectares, que já havia sido considerada
improdutiva pelo Incra. Após cinco meses sem resposta do governo, as famílias
ocuparam a fazenda.
Em seu
artigo no livro “A história da luta pela
terra e o MST”, Bernado Mançano Fernandes relata os acontecimentos do dia
17 de abril de 1996. Os camponeses bloquearam a rodovia de acesso a Eldorado
dos Carajás como forma de reindivicação. Houve confronto e a polícia militar
disparou suas metralhadoras. Segundo os laudos, houve execuções: 13
trabalhadores receberam tiros depois de rendidos. O saldo foi de 19 mortos, 69
feridos e pelo menos 7 desaparecidos.
Os movimentos sócias rurais de todo o
mundo consideram essa data o dia internacional de luta pela terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário